Estudantes piauienses são destaques em competições de conhecimento
20/10/2021
"Minha
primeira medalha foi quando estudei no 7° ano e consegui ganhar uma
medalha de prata na OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica). Depois dessa
premiação, comecei a me interessar mais ainda pelo mundo das medalhas e
premiações e busquei conseguir uma medalha na OBMEP. Fui contemplada
com minha primeira premiação na OBMEP no 8° Ano, uma menção honrosa. Em
2017 consegui minha primeira medalha, de prata, na olimpíada. Os
melhores momentos da minha vida foram quando saiu a lista dos
medalhistas da Obmep do ano de 2018, em que eu soube que tinha
conquistado o ouro, e quando realizei um dos meus maiores objetivos,
desde criança, que era conseguir passar para a fase nacional da
Olimpíada de Língua Portuguesa", este foi o relado de Vanessa Barreto,
ex-aluna do Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Augustinho Brandão,
de Cocal dos Alves.

Assim como Vanessa, outras
dezenas de estudantes de escolas públicas estaduais já foram
contemplados com medalhas nas diversas competições de conhecimento como a
Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP),
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), Olimpíada
Nacional de História do Brasil, Olimpíada da Língua Portuguesa,
Ciências, Química, Física, Biologia, História, Geografia, entre outras
competições e concursos de Redações que têm estimulado os jovens de todo
o Brasil.
Vanessa Barreto, hoje com 20 anos,
ainda mora em Cocal dos Alves e cursa licenciatura em Matemática, na
UFPI. Ela conta que passou a maior parte da sua vida na escola
Augustinho Brandão, desde o 6° ano do Ensino Fundamental até a 3a série
do Ensino Médio. "Eu posso dizer que a escola era minha segunda casa!
Passava a maior parte do meu tempo lá, chegava as 7:30 e saia as 16:30, e
às vezes, em períodos de preparatório para as olimpíadas, eu ficava
também no turno da noite". Seus pais chegavam até a sentir sua falta em
casa, mas sempre lhe deram total apoio. A estudante de Matemática conta
que acordava, sua mãe fazia o café, e ela seguia no ônibus para a
escola, que era guiado por seu pai, e ainda hoje é funcionário da
escola. Os dois sempre a incentivaram no estudo da Matemática.
Outro,
entre os inúmeros exemplos da escola, é o jovem estudante Edgard Junio,
de 17 anos, também do CETI Augustinho Brandão. De família simples do
interior de Cocal dos Alves, Edgard confessou que desde sua entrada para
o 6° ano do ensino fundamental, na escola, despertou o interesse por
olimpíadas. "Esse interesse foi principalmente pela OBMEP, mas só fui
conseguir um desempenho bom em 2018, quando consegui minha primeira
medalha na Olimpíada Canguru. Logo após essa conquista, eu sempre
busquei ser um dos melhores alunos olímpicos da minha escola e, ainda em
2018, conquistei minha primeira medalha na OBMEP, que foi uma medalha
de prata", conta o estudante.
De 2018 a 2019, o
estudante conquistou mais medalhas, entre elas: um ouro na OBMEP em
2019, uma prata na Opm-2018, uma menção na Canguru de Matemática em
2018, uma prata na Canguru de Matemática em 2019 e um bronze na Obfep,
também em 2019.

A escola Augustinho Brandão foi
destaque na competição, conquistando as quatro medalhas de ouro nos
três níveis entre as 13 escolas da rede estadual com alunos premiados.
No nível 1, o ouro foi para o estudante Iago de Brito Vieira; o segundo
ouro, no nível 2, ficou com Edgard Junio da Silva Viana; e os estudantes
Savio Vinicius Costa do Amaral e Vanessa Barreto de Brito conquistaram
as medalhas de ouro no nível 3.
Outra
competição que a escola participa é a Canguru de Matemático sem
Fronteiras, um concurso anual internacional de Matemática, dirigido aos
alunos dos ensinos Fundamental e Médio. As escolas ficam sabendo
individualmente do resultado e uma das premiadas foi o Centro Estadual
de Tempo Integral (Ceti) Augustinho Brandão.
A
escola de Cocal dos Alves teve quatro alunos condecorados com medalhas
de bronze no Canguru Matemático e outros 30 premiados com honra ao
mérito. O professor de Matemática, Raimundo Brito, informou que a escola
inscreve os alunos e a preparação para a competição se dá pelo
conhecimento que eles adquirem com os estudos na escola e na vida. "Os
alunos da escola já possuem um interesse pela Matemática, por conta da
tradição que a escola já possui, e sempre incentivamos a participação
deles nas competições e os resultados vêm por causa desse amor pela
disciplina", afirma o professor.
A Canguru de
Matemática é promovida pela Associação Canguru sem Fronteiras, uma
entidade de âmbito internacional que congrega personalidades ligadas à
Matemática em diversos países.
Em 2019, os
estudantes das escolas piauienses conquistaram, entre ouros, pratas e
bronzes, 237 medalhas na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e 1.314
medalhas na OBA. Dentre os inúmeros destaques pertencentes à Secretaria
de Estado da Educação (Seduc), é possível citar o Patronato Irmãos
Dantas, de Piracuruca, que conquistou três medalhas de ouro, 12 de prata
e 46 de bronze; e o Patronato Nossa Senhora de Lourdes, de Campo Maior,
que obteve 46 medalhas de ouro, nove de prata e outras nove de bronze.
A
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Mostra
Brasileira de Foguetes (Mobfog) são competições de conhecimento que
também contam sempre com a participação dos estudantes piauienses.
Em
2020, os estudantes das escolas estaduais do Piauí conquistaram ouro,
prata e bronze na Mobfog e na OBA. Realizadas anualmente pela Sociedade
Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial
Brasileira (AEB), as competições entre alunos de todos os anos dos
Ensinos Fundamental e Médio do Brasil têm o objetivo de fomentar o
interesse dos jovens pela Astronáutica, Física, Astronomia e ciências
afins, promovem a difusão dos conhecimentos básicos de forma lúdica e
cooperativa, que mobiliza alunos, professores, coordenadores
pedagógicos, diretores, pais e escolas, e instituições voltadas às
atividades aeroespaciais de todo o Brasil.
Os
destaques nessa competição foram os estudantes do Ceti Inês Rocha, de
Piracuruca, que conquistaram quatro medalhas; o Ceti Desembargador José
de Arimathea Tito, de Piripiri, com 20 medalhas; e o Ceti João Henrique
de Almeida, localizado em Teresina, com 14 medalhas.
A
diretora do Ceti João Henrique, Djanira Alencar, recebeu com grande
satisfação o resultado. "O resultado concretizou o trabalho que
desenvolvemos durante todo o ano. A equipe pedagógica não poupou
esforços para que nossos alunos tivessem o conhecimento necessário para
participar de todas as avaliações externas, como as olimpíadas, nesse
momento de pandemia que passamos", disse a gestora.
O
secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, ressaltou a importância
da participação dos estudantes piauienses em eventos como esses.
"As olimpíadas são bastante
desafiadoras e permitem aos nossos estudantes mais conhecimento nas disciplinas
e assuntos do seu interesse, e, independentemente dos resultados obtidos, todos
os participantes recebem certificados, para compor seus currículos, e uma série
de descobertas durante as etapas das competições. Além disso, algumas
universidades públicas destinam vagas em suas graduações para premiados em
algumas olimpíadas. Esse é um dos motivos para que a Seduc e o Governo do Piauí
apoiem incondicionalmente essas atividades", afirma o secretário..
Outras
competições como Parlamento Jovem, Expo-Sciences, Olimpíada Nacional de
Ciências, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia e os mais diversos
concursos espalhados pelo Brasil e o mundo, atraem os estudantes
piauienses, levando-os a romper novas fronteiras e mostrar o potencial e
comprometimento com a educação do povo do Piauí.
Mesmo
ainda em isolamento social, por conta da COVID-19, os estudantes
piauienses se destacaram nas competições, como os estudantes do Centro
Estadual de Tempo Integral (CETI) Desembargador José de Arimathéa Tito,
de Piripiri, que receberam diversas medalhas nas Olimpíadas Matific, uma
competição on-line e divertida para Ensino Infantil e Fundamental,
premiando 20 alunos, sendo três medalhas de ouro, seis de prata, oito de
bronze e três medalhas de Honra ao Mérito.