Programa Educação nos Presídios leva ensino básico a 350 detentos
17/04/2013
A oportunidade de se alfabetizar ou concluir as etapas do ensino básico é dada aos detentos do Piauí através do programa de Educação nos Presídios, desenvolvida pela Secretaria Estadual da Justiça (Sejus), em parceria com a Secretaria Estadual da Educação e Cultura (Seduc).
Atualmente, cerca de 350 detentos estão matriculados no Ensino Regular em fase de alfabetização, conclusão do ensino fundamental e médio. "Esse programa, que inicialmente era apenas um projeto, é uma oportunidade que é oferecida aos detentos. Eles não são obrigados, a inserção no programa é de forma voluntária e cada um que manifesta interesse é muito importante para nós", disse Rosângela Queiroz, diretora de Humanização e Reintegração Social da Sejus.
As mulheres são as mais engajadas neste processo de educação. Dentre as detentas, em todo o Estado, 49% estão matriculadas no programa. Na Penitenciária Feminina de Teresina, 52 delas assistem às aulas.
"O material didático assim como os técnicos mediadores e coordenadores de cada unidade de ensino são da Seduc, que tem sido indispensável para a implantação e manutenção desse programa nos presídios. Nossa parceria tem alcançado 11% dos detentos do nosso Estado, o que para nós é relevante, tendo em vista que mais do que os números, a oportunidade da nova chance tem chegado a muitos", destacou Rosângela.
Para certificar a conclusão do Ensino Fundamental, 93 detentos estão matriculados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que acontece no dia 14 de maio. O Exame é uma avaliação voluntária e gratuita ofertada às pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos em idade apropriada para aferir as habilidades e saberes adquiridos no processo educacional.
"O Encceja é para os concludentes do Ensino Fundamental o que o Enem é para os do Ensino Médio. É uma forma segura de validar o aprendizado dado a eles dentro das penitenciárias. Nossa meta é que, até 2014, 15% dos detentos estejam nas salas de aula sendo alfabetizados, cursando o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio", finalizou a diretora de Humanização, Rosângela Queiroz.