As Olimpíadas Científicas
estimulam os jovens de escolas públicas e privadas a participarem de avaliações
em várias áreas do conhecimento como Matemática, Língua Portuguesa, Ciências,
Química, Física, Biologia, História, Geografia, Astronomia, entre outras. Duas
dessas competições têm movimentado o ambiente escolar nos últimos dias com a
divulgação dos resultados: a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
(OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), nas quais as escolas públicas
estaduais do Piauí conseguiram ótimos resultados.
Na edição de 2020, os
estudantes das escolas piauienses conquistaram 3681 medalhas, sendo 2038 na OBA,
906 para escolas públicas estaduais, 226 Ouros, 269 Pratas, 411 Bronzes.
Na MOBFOG Presencial foram 1515 medalhas, sendo oito da
rede privada e 1507 da pública. Na MOBFOG Virtual foram 128 medalhas, sendo sede
da rede privada e 121 da pública. Os alunos da rede pública estadual conquistaram
na MOBFOG 523 Ouros, 661 Pratas e 444 Bronzes.
Essas competições são
realizadas anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria
com a Agência Espacial Brasileira (AEB), entre alunos de todos os anos dos
Ensinos Fundamental e Médio, em todo o território nacional. Elas têm por
objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronáutica, Física, Astronomia
e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma
lúdica e cooperativa, mobilizando num mutirão nacional, alunos, professores,
coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, e instituições voltadas às
atividades aeroespaciais. Ainda em dezembro, as instituições organizadoras
divulgarão o resultado geral.
Dentre os inúmeros destaques
pertencentes à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), estão o CETI Inês Rocha,
de Piracuruca, que conquistou quatro medalhas; O CETI Desembargador José de
Arimathea Tito, de Piripiri, com 20 medalhas; e o CETI João Henrique de
Almeida, localizado em Teresina, com 14 medalhas.
A diretora do José de
Arimathea, Danyelli Alves, revela que de 2017 até hoje a escola vem aumentando
a participação nas olimpíadas. "Nossa escola busca incentivar sempre a
participação dos alunos, viabilizando as inscrições, criando um ambiente
favorável, com as premiações servindo de inspiração para os colegas e a cada
ano o número de medalhistas aumenta. Recentemente recebemos o resultado do
concurso Canguru de Matemática 2020, no qual conquistamos cinco medalhas e 12
menções honrosas", explica.
João Manoel Menezes, aluno no 9°
ano do Ensino Fundamental é medalhistas de ouro da OBA, para ele as olimpíadas
externas ajudam muitos alunos dando oportunidade de conseguir bolsas de
diversos programas e instituições. "Curso o programa de iniciação cientifica da
OBMEP. Também temos a oportunidade de conseguir financiamentos e participar de
diversas áreas como geografia, português, história da qual participamos esse
ano, o que ajuda na vida do aluno", afirma.
A estudante Cecília Rodrigues conquistou a medalha de ouro para o CETI Inês Rocha. Ela afirma que a sua participação e de suas amigas na OBA lhes trouxe novos conhecimentos sobre assuntos pouco vistos no cotidiano. "Minha experiência com a OBA foi muito boa. Gostei muito dos assuntos da prova e acredito que isso me deu conhecimento de coisas que eu não sabia, apesar de serem assuntos que não trabalhamos no dia a dia as atividades foram muito interessantes".
A diretora Djanira Alencar, do
CETI João Henrique, recebe com satisfação o bom resultado, mesmo com a situação
da pandemia. "Foi importante pois concretiza um trabalho que desenvolvemos
durante o ano. A equipe pedagógica não mediu os esforços para que os alunos
tivessem o conhecimento necessário para participar das avaliações externas,
como as olimpíadas".
O secretário de Estado da
Educação, Ellen Gera, observa que, além dos estudantes e professores
participantes receberem certificados de participação, concorrerem a medalhas em
nível estadual, nacional e participação em competições internacionais, essas
olimpíadas, mais do que tudo, proporcionam uma série de novas descobertas,
ideias e técnicas durante cada etapa das provas.
"As olimpíadas são muito
desafiadoras e permitem aos estudantes se aprofundarem em uma matéria do seu
interesse. Além disso, independentemente dos resultados, todos recebem
certificados de participação para já compor seus currículos. Algumas
Universidades públicas, como a Unicamp, também destinam vagas em suas
graduações para premiados em olimpíadas. Por isso, a Seduc e o Governo do Piauí
apoiam incondicionalmente esse tipo de atividade", completa o secretário.
Mais de 437 mil estudantes
participaram da fase final da OBA em novembro. Devido à pandemia do
coronavírus, este ano, as provas foram realizadas de forma virtual, em dois
dias.
O coordenador da OBA,
professor João Batista Canalle, destacou, por exemplo, que instabilidades no
acesso à energia e à internet, como ocorre no Amapá, foram consideradas para a
divisão das provas em duas datas.
"Também foi realizada a Mostra
Brasileira de Foguetes. Além da forma virtual - com auxílio de um software - a
mostra pôde ser feita também presencialmente, no local onde fosse possível",
relatou o coordenador.