Seduc acolhe mais de 600 estudantes do CNEC

Após o fechamento da Unidade Escolar Cenecista Popular de Teresina e do Colégio Cenecista Deputado Átila Lira, ambos vinculados à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cnec), por causa do encerramento das atividades das unidades em Teresina, devido a pandemia do Coronavírus, os estudantes foram remanejados para escolas da rede estadual.

De acordo com o Comitê Gestor do Cnec, os impactos financeiros causados pela Covid-19 afetaram a administração e o atendimento à comunidade. Ao todo, 346 alunos do Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano, foram para a Unidade Escolar Gabriel Ferreira, remanejados do Unidade Escolar Cenecista Popular de Teresina, e 329 alunos, também do Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, foram para o Caic do Renascença, remanejados do Colégio Cenecista Deputado Átila Lira.

?Estamos fazendo um trabalho para que esses estudantes não percam o ano, não percam a continuidade dos seus estudos. Estamos absorvendo esses alunos, que eram da rede Cnec, permitindo que essa comunidade estudantil não fique sem escola, estamos inclusive recebendo os 2 prédios do Cnec, para que não tenha a quebra de identidade desse estudante com a escola que ele vinha frequentando. Foi uma decisão nossa, junto com o Governo do Estado e essa já é uma matrícula que recebemos agora no mês de julho?, conta o Secretário de Estado da Educação, Ellen Gera.

Cnec no Brasil

A Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) surgiu em 1943, em Recife (PE), para atender crianças e jovens que não possuíam ofertas de estudos pelo poder público ou não tinham condições financeiras para ingressar em colégios privados.

A CNEC é um modelo brasileiro de escolas no Brasil que envolvia a comunidade na construção da missão do projeto. O então movimento Ginasiano Pobre foi acolhido como uma ponte para a participação, o desenvolvimento e a independência das regiões mais interiorizadas.

De caráter filantrópico, a CNEC mantém seus valores pautados na formação de líderes capazes de mobilizar iniciativas pelo bem comum. Com mais de 75 anos de tradição, celebrou, em 2018, a terceira geração de ?cenecistas?.