Com a assinatura do decreto que detalha a retomada de
todas as atividades econômicas no estado do Piauí realizada pelo governador
Wellington Dias, na última terça-feira (07), o setor educacional já trabalha
com uma data para o retorno das aulas presenciais. Protocolos e ações terão
como foco o dia 22 de setembro para o reinício das atividades escolares nas redes
públicas e privada.
O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, revela
que está sendo realizado um trabalho intenso junto ao Comitê de Operações de
Emergência (COE) e o governador Wellington Dias, que tomaram a decisão de
colocar a educação para última etapa, dando tempo necessário para as escolas
fazerem a preparação.
"Para que haja esse retorno, tem que ser seguro. Para
isso, serão adotados protocolos de segurança. Estamos com o comitê de crise e
uma minuta está sendo finalizada para ser discutida com a comunidade, escolas,
Conselho Estadual de Educação, Undime, os municípios, pois tem a questão do
transporte que é uma operação complexa. Primeiro é o protocolo sanitário, pois
devemos cuidar da vida. Depois o protocolo pedagógico, para o estudante
recuperar a aprendizagem. Segue o protocolo de RH para cuidar dos profissionais
e grupos de risco. Por último o protocolo de contingência, porque a escola é um
ambiente de aglomeração, temos que estar preparados se houver contaminação,
nada poderá ser aleatório", descreve o secretário.
Os protocolos serão parâmetro para todas as redes
educacionais do Piauí. Só a estadual compreende 650 escolas, anexos, gerências
regionais, polos da Uapi, centros especializados. Um total de 228 mil
estudantes e mais os profissionais.
O decreto
O novo decreto estabelece a flexibilização das medidas
de isolamento e de restrição das atividades e reforça que todo o processo se
dará de forma gradual e segmentada. No documento, fica também registrado que,
em caso de crescimento da transmissibilidade da doença ou aumento da taxa de
ocupação de leitos de UTI, o governo poderá rever a flexibilização e adotar
medidas mais rigorosas.
"Estamos apresentando um cronograma de várias etapas
para a retomada de todas as atividades econômicas no estado, mas isso não
significa que a pandemia e o isolamento acabaram. Na verdade, agora temos que
ter mais cuidado e prudência para não jogar todo o trabalho que foi feito até
agora por água abaixo. É de extrema importância que a população colabore para
que não sejamos obrigados a dar um passo atrás. A segurança dessa retomada
depende da atitude de cada um. Ninguém deve sair de casa se não for necessário.
O isolamento continua", alertou Wellington Dias.
No cronograma, o fluxo de flexibilização considera três
classificações conforme o impacto econômico e dependerá do risco epidemiológico
avaliado por regiões assistenciais de saúde.
Cronograma
Retomada das atividades divididas de forma organizada:
Grupo I - flexibilizados em 4 momentos (06/07 - 13/07 -
20/07 - 27/07)
Grupo II - flexibilização em 2 momentos (10/08 - 24/08)
Grupo III - flexibilização em 2 momentos (08/09 - 22/09:
Educação)
- No grupo I, estão alocadas as atividades consideradas
de alto impacto e suas atividades correlatas: indústria de transformação e
extrativa, construção civil, comércio, agricultura, pecuária e produção
florestal. Foram acrescidas as atividades de saúde humana e animal dada sua
relevância para a sociedade.
- No grupo II, as atividades de médio impacto econômico,
como: administração pública, defesa e seguridade social, atividades
administrativas e serviços complementares, informação e comunicação, atividades
de serviços pessoais, alojamento e outras atividades de serviço.
- No grupo III, por sua vez, contempla as atividades
econômicas de baixo impacto tais como: artes, cultura, esporte e recreação,
serviços domésticos. As atividades de educação foram acrescidas ao grupo III,
pois propiciam à propagação da doença.
O cronograma foi apresentado e aprovado em conjunto pelo
Comitê de Operações de Emergência (COE) que, de forma ampliada, contou com a
participação de membros do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de
Contas do Estado, Assembleia Legislativa, OAB, PRF, Ministério Público do
Trabalho, APPM, Prefeitura de Teresina, dirigentes lojistas, autoridades em
saúde, a vice-governadora, Regina Sousa, parte do secretariado, entre outros
órgãos públicos e privados.