"A ideia é pensar qual é o meu papel, quais são as principais entregas do meu setor para as escolas ou para outros serviços e como podemos fazer isso de forma sistêmica, orgânica e inteligente, em que não haja sobreposição de papéis ou disputa e, sim, cada vez mais o fortalecimento das escolas e maior clareza das políticas educacionais dentro do estado", disse a Consultora Pedagógica da Fundação Lemann, Márcia Rejane, ministrante da oficina que tratou do Plano de Ação para Educação 2020, na manhã desta quinta-feira, na Escola Fazendária (12).
Líderes de todos os setores participaram
do encontro, onde todos pensaram juntos sobre como suas ações podem ser feitas
intersetorialmente. "Nós estamos no momento de fechamento do planejamento
estratégico da secretaria, então a hora é agora de refinar as ações, pensando
na intersetorialidade, pensando na integração, na qualificação e na intencionalidade de cada uma dessas ações. Estamos aqui com
o pensamento de que todos têm o mesmo propósito e o mesmo objetivo, que é ofertar
educação pública de qualidade, e é nesse lugar que precisamos chegar",
conclui Márcia.
A Fundação Lemann é uma
organização familiar e sem fins lucrativos que colabora com iniciativas para a
educação pública em todo o Brasil e apóia pessoas comprometidas em resolver
grandes desafios sociais do país. A fundação apoia milhares de escolas com
soluções inovadoras e com iniciativas que já existem e dão bons resultados, trabalhando
lado a lado com professores, gestores escolares, secretarias de educação e
governos por uma aprendizagem que forma para a vida.
Para o gerente
de gestão escolar da Seduc, Sebastião Gomes Ferreira, essa é mais uma ação de
todo um processo de planejamento. "Uma ação educativa não pode ser
feita aleatoriamente, é necessário que
se pense, se planeje, recrie e avalie tudo que faz parte do projeto. Nesse
sentido, é significativo que todos os segmentos estejam participando, por meio de seu representantes, para sabermos até que ponto é possível construir um plano que
possa contemplar e abrigar todos os anseios. Com isso a fundação tem
proporcionado um instrumental de planejamento que nos conduz a uma ação mais consequente",
afirma o gerente.
"Esse momento de
socialização é fundamental para que possamos caminhar mais acertadamente. O Piauí tem mostrado que está no caminho certo.
Precisamos apenas caminhar um pouco mais rápido, investindo na redução dos indicadores educacionais, principalmente no que diz
respeito ao analfabetismo e formação profissional, para que possamos alavancar, de fato, o desenvolvimento", encerra.
Os resultados da parceria com a
Fundação refletem no desempenho em Português e Matemática, que evoluiu mais no
período de 2016 a 2018, do que de 2012 a 2016, demonstrando o trabalho positivo
do programa feito junto a professores das duas áreas, avaliados pelo Saepi e Saeb.
O
Piauí é um dos quatro estados brasileiros que conseguiram a parceria com a
Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos, ou seja, não existe
nenhum tipo de transferência de renda da secretaria para a fundação.