Um grande problema na sociedade, as drogas são as responsáveis por uma série de conflitos que, por vezes, alcançam o ambiente escolar, atrapalhando o desempenho do estudante. Por isso, com uma proposta diferente das convencionais, o projeto Escolas em Ação na Prevenção às Drogas pretende mudar essa cultura que não é favorável ao futuro dos milhares de jovens matriculados na rede pública estadual.
"Esse projeto com certeza vai
virar um programa porque ele não é uma ação específica, são várias dentro de um
foco único de combate às drogas, para que o nosso aluno tenha autonomia de
dizer não. Nosso objetivo aqui é, por meio da educação, fortalecer essa
mudança de cultura", relata o professor Ellen Gera, diretor de Ensino e
Aprendizagem da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Nesta quarta-feira (27), os gestores da Seduc, gerentes das
GREs da grande Teresina e suas respectivas equipes se reuniram na sede do órgão
para formar um grupo de trabalho, que vai detalhar ações e elaborar um
cronograma. A intenção é que logo no início do ano letivo as atividades do
projeto sejam desenvolvidas e posteriormente ampliadas para todo o estado.
O projeto Escolas em Ação na Prevenção às Drogas, que surgiu
de uma ideia da equipe da 4ª Gerência Regional de Educação (GRE), foi
apresentado pela equipe responsável e aprovado pelo secretário Hélder Jacobina. "Queremos desenvolver o
protagonismo juvenil, para que eles tenham condição de renunciar aos grupos de
influência, tornando-se um sujeito que vai modificar sua realidade local e
levando essa experiência até para o ambiente familiar e vizinhança", explica o
professor Tarcísio Pires, gerente da 4ª GRE, junto com o psicólogo da regional,
que especificou em quais áreas de atuação o trabalho pode ser feito.
Na tentativa de prender a atenção do aluno, dinâmicas,
oficinas e técnicas comportamentais serão os artifícios usados para abordar o
tema. A gerência da 19ª GRE, responsável pelas 23 escolas na zona sul de Teresina, reconhece
como o projeto pode mudar realidades. "Nós já perdemos alunos para as drogas,
mas não queremos mais isso. Há quatro anos
trabalhamos nessa perspectiva de combate e agora esse trabalho será
intensificado com o projeto. Então, temos que trabalhar mesmo com a prevenção",
diz a professora Marlene Silva, gerente da GRE que tinha o maior número de
ocorrências policiais nas proximidades das escolas, mas conseguiu reduzir esses números com o trabalho
integrado da Seduc, Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe) e o
Batalhão do Promorar.
A Gerência da Inclusão de Diversidade (GID) da Seduc, sob
responsabilidade da professora Luiza Solano, que também desenvolve um trabalho
nesse sentido, vai apoiar a causa em parceria com outros órgãos e instituições
que podem agregar à temática. "Estamos em parceria com a Polícia Civil, no projeto
Papo com a PC, que dentre os temas fala sobre drogas ilícitas; temos representantes
da Ordem dos Advogados do Brasil/Piauí que também vão às escolas para falar
sobre. Então, através desse diálogo e novas ferramentas que vamos implantar nas
escolas, os jovens terão condição de dizer não às drogas", finaliza a gerente.