Com os temas Diversidade e Inclusão e Privados de Liberdade,
professores do Centro de Educação para Jovens e Adultos (Ceja) Professor Arthur
Furtado, no centro de Teresina, puderam participar do curso de aperfeiçoamento
na manhã desta quinta-feira (06) ofertado pela Secretaria de Estado da Educação
(Seduc) em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e apoio do
Ministério da Educação. "Daqui são 20 professores participando da formação.
Esse trabalho vai contribuir muito para que os professores possam melhorar nesse
processo de ensino aprendizagem. Observamos isso em sala, isso porque nós temos
alunos que passaram em vários cursos superiores, Encceja e até medalhista na
OBMEP", disse a diretora do Ceja Profº Arthur Furtado, Lenice Leôncio.
A intenção é aprimorar a formação dos professores que trabalham
com o EJA (Educação para Jovens e Adultos), para que possam ser desenvolvidas
novas metodologias em sala de aula. A diretora da Unidade de Educação de Jovens
e Adultos (Ueja), Conceição Andrade, diz acreditar muito no potencial dos cursos
que atingem alunos e professores diretamente. "Nós sempre procuramos qualificar
esses profissionais e a UFPI nos deu a oportunidade de melhorar a formação
continuada. Estamos muito felizes com os cursos de extensão porque sabemos que
o EJA não é um ensino regular, nós temos 365 dias para duas séries", explica a
diretora.
O trabalho desenvolvido pela UFPI já era realizado no
interior e chega à capital pela primeira vez com o formato de cursos de
extensão. "A ideia é fazer com que os professores pensem nas suas práticas,
quais sujeitos participam da sua prática, quem é esse aluno, quais as
características desse aluno, o que eles precisam, de que forma podemos
trabalhar, como melhorar a prática. Na verdade, é repensar a prática pedagógica",
explica a professora doutora Djanira Lopes, coordenadora dos Cursos de Extensão
ministrados.
Os educadores do sistema prisional também foram incluídos
nesta formação até pelo aumento do número de matriculados nos últimos anos.
Eles veem a oportunidade como uma forma de motivação e continuidade ao trabalho.
São quase 600 reeducandos em todo o estado, em 9 unidades prisionais, destas
três só em Teresina. De acordo com o Plano Estadual de Educação nas Prisões, a
meta é expandir o EJA implantando nos municípios que ainda não têm e promovendo
as próximas etapas nos outros. "A educação em si é um desafio. E dentro do
sistema prisional eu avalio o desempenho como satisfatório. Estamos felizes porque
em 2017 conseguimos um número maior de reeducandos, e os resultados deles nos
motivam para o ano seguinte", ressalta Juciara Valente, coordenadora do Sistema
Prisional.