Seduc e Polícias traçam metas de combate à violência escolar

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está reunindo esforços com as polícias Civil e Militar para diminuir índices e coibir a violência nas escolas da rede estadual.

A rede já conta com o trabalho da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe), que em 2017 realizou 12.055 visitas às escolas por meio das rondas ostensivas, que têm como principal objetivo coibir as ações de criminosos no ambiente escolar. O resultado trabalho é perceptível no número de ocorrências atendidas pela Polícia Militar. A Cipe, que começou os trabalhos como Companhia em 2015, em 2016 recebeu 866 chamados nas escolas, e já no ano passado foram 582 ocorrências, uma redução de quase 70%.

Mas a meta do governo é baixar esse número, por isso que na manhã desta segunda-feira (21), o secretário de educação, Hélder Jacobina, se reuniu com os representantes das instituições de segurança do estado para pensar em estratégias de combate à violência nas escolas da rede pública estadual. "A intenção é que nós possamos dar uma resposta às escolas, ter um trabalho preventivo e ostensivo. Isso é uma forma de valorizar nosso aluno. É um desejo também do governador. Vamos expandir ações como essa porque por meio da escola vamos trabalhar a fim de diminuir os índices de drogas, furtos, roubos, lesões corporais e outros crimes", explica o secretário.

Durante o encontro, o comandante da Cipe, major Marcos Vinícius, apresentou esses números, necessidades e sugestões para reforço no policiamento, que foram acatadas pelo coronel Alberto Meneses, subcomandante geral da Polícia Militar do Piauí (PM/ PI) e coronel Márcio Oliveira, coordenador geral de operações da PM.

A Cipe tem atualmente todo o material, como as gravações das câmeras de segurança do sistema de monitoramento da Seduc nos momentos dos delitos, que na maioria são arrombamentos e furtos. Esse material será repassado à Polícia Civil para uma investigação dos casos, principalmente, os reincidentes. "Então eu acho que essa parceria entre Polícia Militar, Civil e a Seduc vai dar um resultado positivo, porque nós vamos traçar novas medidas em conjunto para dividirmos as responsabilidades. Quem ganha com isso são as escolas, os alunos e toda a comunidade escolar. Nossa intenção é diminuir esses índices, combater as pessoas que venham a tentar praticar delitos e melhorar a qualidade ensino nas escolas", fala o comandante da Cipe, o major Marcos Vinícius.

A Seduc também vai entregar ao delegado geral Riedel Batista, junto com as gravações em vídeo das cenas dos crimes, o levantamento dos Boletins de Ocorrência registrados nos últimos meses. "Foi possível nós traçarmos estratégias de combate aos crimes que vêm ocorrendo em algumas escolas da capital e do interior. São pequenos delitos de furto, roubo, lesão, por vezes, algum delito mais grave. Essas ocorrências terão um fluxo melhor de apuração. Em parceria integrada com a Polícia Militar, no sentido das primeiras providências, registro de boletim de ocorrência, levantamento de imagens de câmeras, para que a Polícia Civil possa instaurar um inquérito policial, identificar essas pessoas e prendê-las", reitera o delegado.

Outro projeto que foi mencionado na reunião e está sendo desenvolvido para combater a violência nas escolas é o Papo com a PC. A parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Polícia Civil tem como finalidade reduzir os índices de criminalidade nas escolas e comunidade ao redor por meio de uma aproximação entre os jovens e a polícia nos 224 municípios do Piauí.  Por meio de ações e palestras aos jovens estudantes da rede pública estadual, na faixa etária entre 15 e 29 anos, serão abordados temas desde como a polícia civil funciona até a quem eles podem recorrer em relação a crimes, como, tráfico de drogas, de internet, de trânsito, violência contra a mulher, crimes contra raça e gênero e contra a criança e adolescente. 

"Lançaremos  junto com a Secretaria de Segurança o  Papo com a PC. Os policiais vão às escolas dar palestras para toda comunidade escolar. Com essas operações, nós vamos poder dar uma resposta à sociedade zelando pela escola, que é um patrimônio público, porém nosso maior patrimônio é o servidor público e o aluno, que estão naquela escola e devem ser cuidados, pois representam o povo do Piauí", finaliza do secretário Hélder Jacobina.

Ainda nesta semana, os mesmos participantes deste primeiro encontro vão se reunir para finalizar o projeto Papo com a PC e informar os dados solicitados pela Polícia Civil. Estiveram também presentes a diretora da Unidade de Gestão e Inspeção da Seduc, Ana Rejane Barros; o diretor da Unidade Administrativa, Arinê Bastos; e o superintendente institucional da Seduc, José Barros.