Nesta sexta-feira (23) foi realizada, no auditório do Ministério Público Estadual, a abertura oficial do projeto "Lei Maria da Penha Nas Escolas" para as escolas da 18º Gerência Regional de Educação (GRE). O evento reuniu a equipe do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a Rede de Proteção e Defesa da Mulher, colaboradores e voluntários. O projeto tem início nas escolas da região a partir de segunda-feira (26).
"Iremos por etapas nos encontrar com os educadores para orientá-los. Preparamos uma cartilha para os professores que contém desde a história da lei da Maria da Penha até o feminicídio, para depois estes educadores abordarem o tema com os alunos". Destacou o promotor de Justiça Francisco de Jesus, que também exaltou o sucesso do projeto nas escolas onde ele já foi realizado.
"Já houve escolas em que os professores disseram que houve denúncia por parte dos alunos e nós pedimos para que eles mandassem o denunciante ao Ministério Público, porque esse é o nosso trabalho, achar soluções concretas e objetivas quando a demanda aparece", avalia.
O projeto, que já havia começado na capital, agora chega a 54 escolas em 19 municípios, sendo estes Altos, Alto Longá, Beneditinos, Barro Duro, Coivaras, Curralinhos, Demerval Lobão, José de Freitas, Lagoa Azul do Piauí, Lagoa Alegre, Monsenhor Gil, Miguel Alves, Nazária, Novo Santo Antônio, Palmeirais, Passagem Franca, Pau D?arco, União, Prata do Piauí.
A abertura do evento foi realizada por meio de palestra e apresentações culturais de alunos das escolas participantes, como os irmão Daniel e Gideão Santana, alunos da escola Godofredo Freire da 19° GRE, que já recebeu o projeto; eles escreveram uma música explicando a lei Maria da Penha e sua importância, reforçando o sucesso do projeto nas escolas onde ele já foi realizado.
Os educadores da 18° GRE esperam um sucesso semelhante. "Nós já abordamos o assunto de maneira aberta com os alunos e o projeto vem para fortalecer essa questão que precisa de atenção. Com o Ministério Público dando esse suporte temos certeza que a abordagem vai se tornar mais dinâmica, os alunos precisam entender que a denúncia não pode ser ocultada", disse a professora da escola Cazuza Barbosa, Christina Matos.
O projeto, um parceria entre o Ministério Público e a Seduc, teve seu lançamento em maio, com o objetivo de diminuir os elevados índices de violência contra a mulher por meio da abordagem em sala de aula e fazer com que os alunos percebam se há casos desse tipo de violência em casa, levando-os a denunciar caso haja.