Alunos, professores, gestores e comunidade estiveram reunidos nesta terça-feira (07) para comemorar os 45 anos do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Lourival Parente.
No dia da culminância do Projeto AMOR, que propõe a valorização da escola, todos chegaram cedo para organizar os stands e aproveitar a temperatura ainda amena da cidade para caminhar pelo bairro, abraçando, de forma simbólica, a comunidade e atraindo os olhares para o CEEP Lourival Parente.
"Todos gostam de um abraço, nos faz sentir mais amados, fortes, unidos. Esse abraço simbólico, dado no bairro e na escola, serve para resgatar os nossos valores, união e força e mostrar que ninguém, sozinho, consegue nada na vida. A escola precisa dos gestores, professores e dos alunos, mas se a comunidade não nos valorizar a escola nunca será reconhecida", declarou Jocielma Magalhães, diretora do CEEP Lourival Parente.
O Projeto AMOR foi criado para fazer ressurgir o que o CEEP Lourival Parente tem de melhor. Uma das metas é a preservação do patrimônio escolar resgatando os antigos projetos de música, piano, violão, coral e instrumentos de sopro que em breve a escola estará abrindo matrículas.
A gestão também vai recriar o Festival de Música e a Feira de Administração e Tecnologia. Mas o primeiro passo foi fazer os alunos conhecerem a própria escola. A primeira parte do Projeto AMOR estimulou os alunos a conhecerem a história da escola e entenderem quem foi o senhor Lourival Parente. O resgate histórico foi possível através de pesquisas em várias áreas e disciplinas, acompanhadas do olhar persuasivo dos professores.
Os trabalhos foram apresentados à comunidade nessa manhã. Em cada stand era possível enxergar um pouco do empenho, criatividade e ainda a capacidade que os alunos do CEEP Lourival Parente têm.
"Os professores foram nota dez desenvolvendo esses projetos
e motivando os alunos, juntamente com a equipe de gestão que deu todo o apoio.
Só em levantar a autoestima e o aluno se sentir mais valorizado, já é um ponto
positivo. Todos esses projetos têm norma e regulamento. O aluno que participa
dos projetos, nos dá o retorno nos âmbitos disciplinar, comportamento e boas
notas", afirmou a diretora da escola, Jocielma Magalhães.
EXEMPLOS DO CEEP LOURIVAL PARENTE
Dentre 620 alunos, escolher um que se destaque é complicado. Mas Luana Franco, aluna do 2º ano do Ensino Médio do CEEP Lourival Parente, merece essa evidência por desenvolver um projeto promissor, que procura a integração do esporte com a educação e ainda, preencher o tempo dos estudantes sem deixar espaço para ociosidade.
"O objetivo do projeto é tirar os jovens da rua. O Projeto Eco-esporte (produção de esporte) vai formar as equipes de vôlei, futsal e handebol da escola. O Projeto foi criado para disputar um concurso criado pela prefeitura de Teresina. Na época eu tinha apenas 15 anos, estava no 1º ano, eu fui uma das únicas estudantes de ensino médio que disputou o concurso. Concorri com estudantes de medicina, professores e engenheiros. Fiquei surpresa ao ganhar. Agora, queremos que o projeto dê resultados e que a escola abrace nossa proposta e invista no futuro dos estudantes", declarou Luana Franco.
Entre os professores está Jeferson de Abreu. O professor de informática que é jogador profissional de futsal e que transmite, literalmente, todo o conhecimento que possui. Seja no laboratório de informática ou na quadra de futsal, Jeferson assume seu papel de ensinar e possibilitar o crescimento por meio do aprendizado.
"A parte da informática é a parte profissional, estudei e me tornei professor. Formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), trabalho com disciplinas como banco de dados, estrutura de dados e programação, que fazem parte dos cursos técnicos ofertados aqui na escola. E, além disso, sou mentor dos alunos no futsal. Tenho mais de dez anos no futsal, sou goleiro de um time que disputa campeonatos no Estado. Agora transmito o meu conhecimento e eles se empenham muito. Isso possibilita um resgate de cidadania para eles. Os alunos também precisam ter essa parte de lazer dentro da escola", disse o professor Jeferson de Abreu.