A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), por meio do Instituto de Educação Antonino Freire / Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Piauí Freire, realizou na noite de sexta-feira (29), no auditório do Centro, a certificação de 230 alunos concludentes da Especialização Projovem Campo - Saberes da Terra. A iniciativa teve início em 2009, com o envio do Projeto ao MEC e foi executado entre 2011 e 2015, beneficiando mais de 50 municípios do Piauí.
Na ocasião, o Diretor de Formação, Sebastião Gomes Ferreira, destacou a prioridade que o Governo do Piauí está direcionando à educação, trabalhando para melhorar os indicadores educacionais do Estado. "Um dos diferenciais desse programa é trazer a realidade para a sala de aula, trabalhando a educação de forma contextualizada, como dizia Paulo Freire", destacou Sebastião.
A Coordenadora do Projovem no Antonino Freire, Evana Meire Araújo, destacou o crescimento não apenas pessoal para os formandos concludentes do curso, mas sobretudo, para a Educação Pública nos municípios do interior do estado. "Tivemos alunos de Demerval Lobão a Corrente e nos debruçamos para desenvolver com êxito esse projeto de formação. A metodologia pautada na partilha dos saberes foi uma dos principais diferenciais do trabalho", frisou Evana.
Alunos destacam mudanças de visão da Educação a partir do curso
Para o
orador da turma, professor Moisés Miranda, do município Pavussú, o resultado
foi significativo pela inclusão dessas pessoas. "Foram mais de 410 horas
de intensa formação. Para nós, enquanto formadores dessas pessoas, é gratificante
e significativo porque estamos tirando pessoas da linha do analfabetismo.
Trabalhar com pessoas que não sabiam ler nem escrever, que eram leigas de tudo
e de todos é um desafio motivador. Sabemos que o índice de analfabetismo em
nosso estado é muito grande, mas essa iniciativa (qualificação dos professores)
faz parte de um conjunto de políticas públicas para superar essa realidade. No
Piauí acredito que ele está sendo realizado com mais intensidade que no
restante do País", disse.
Para
Maria de Fátima Pereira Alves, do município de Milton Brandão, o que mudou com
a formação foi a maneira de ver a questão da sustentabilidade, como
também a valorização da agricultura familiar, além da necessidade de
valorização do homem do campo até perante sua própria auto-imagem.
O público-alvo do
Projovem é formado por alunos semianalfabetos com idade entre 20 a 29
anos, além da alfabetização, os alunos também recebem orientações técnicas voltadas
para agricultura familiar, melhorando assim a qualidade de vida do homem do
campo.