Ex alunos da rede estadual são destaques em outros países
22/01/2015
Bolhas nos pés, dores em quase todos os músculos do corpo e pressão por perfeccionismo na execução de movimentos complicados. Não é fácil ser bailarino da Bolshoi, uma das mais tradicionais escolas de balé do mundo. Mas esse é o sonho de muitos jovens brasileiros, e torná-lo presente no seu dia-a-dia depois de tantas batalhas vencidas é realmente uma vitória com mérito. E foi exatamente assim que aconteceu com os alunos da rede estadual de ensino selecionados na primeira turma, em 2004, através de um convênio firmado com o Governo do Estado e a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil .
O que antes poderia parecer algo impossível ou mesmo inimaginável para qualquer jovem do Piauí, hoje já não é mais. Atualmente, os piauienses da rede estadual de ensino formados na escola Bolshoi são profissionais reconhecidos no Brasil e em outros países.
SONHOS E SAPATILHAS
Entre as exigências para ser um dos alunos da escola, estão ter saúde perfeita e um tipo de corpo favorável (pernas e braços alongados, e tronco mais curto).
Luan Batista, calçou as sapatilhas pela primeira vez aos 9 anos. Ele foi um dos aprovadas e se mudou para Joinville em 2004 "É muito sacrifício, mexe com toda a estrutura da família", disse. "Mas existe uma alegria que só sinto quando estou dançando", confessou.
Fomado em 2012 no Curso Técnico Profissional em Dança Clássica, em 2013 Luan Batista foi selecionado para integrar a Cia. Jovem Bolshoi Brasil, como bailarino profissional, atuando até dezembro de 2014. Luan concorreu com outras centenas de jovens alunos da rede pública de ensino que tentavam uma vaga na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil. O jovem talento piauiense fez bonito e conquistou a medalha de bronze em uma disputa acirrada com outros talentos do balé do mundo inteiro.
Em Julho de 2013 conquistou o terceiro lugar no XII Concurso Internacional de Ballet em Moscou, na Rússia, consagrando-se como o terceiro melhor bailarino em um dos maiores concursos de balé do mundo. Já Filipe de Jesus Paulino, saiu de Teresina com 11 anos de idade. Mesmo lutando contra a saudade de casa não desistiu do sonho. "Ficar longe de casa foi o mais difícil, principalmente longe da minha mãe. Eu era muito pequeno e não tinha certeza ainda do que realmente queria, mas quando surgiu essa oportunidade não pensei duas vezes e agarrei com todas as forças", relata.
Muitos dos que somam à lista de novos profissionais cresceram nos corredores da escola. Lucas Carvalho Leite, é um dos bailarinos que nem imaginava o que o esperava em Joinville quando deixou a família no Piauí. Ele faz parte da primeira turma de estudantes do estado nordestino a ingressar na instituição.
Lucas formou no Curso Técnico Profissional em Dança Clássica e, antes mesmo de finalizar os estudos em Joinville trabalhou como bailarino no Teatro Municipal de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Depois recebeu indicação e teve seu currículo aprovado para o Teatro do Sesi Minas, de Belo Horizonte, onde atua, desde setembro de 2013, como bailarino profissional.
Francielly Farias, nunca tinha ouvido falar do nome Bolshoi, até que em 2004, recebeu em sua escola pública o incentivo para participar de uma seleção que concederia 10 vagas para estudo na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, sendo a vaga disputada por cerca de 20 mil candidatos. Motivada pela novidade e curiosidade em relação à instituição, Francielly realizou todos os testes e foi aprovada, iniciou na primeira série de dança da Escola Bolshoi.
Governo do Estado reafirma parceria com Bolshoi
O Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura mantém a parceria por meio de um convênio com a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, possibilitando aos alunos de escolas públicas obtenção de uma bolsa de estudos em curso técnico-profissionalizante da Escola Bolshoi, que possui sua matriz na Rússia.
Além de ensino gratuito, as crianças recebem benefícios como alimentação, transporte, uniformes, figurinos, atendimento fisioterápico e assistência médica de emergência/urgência pré-hospitalar. Para isso, devem apresentar bom rendimento na Escola Bolshoi e também no ensino fundamental e médio. Em 2013 foram ofertadas cinco vagas para os alunos da rede estadual.
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