O fórum vem com o Tema: Drogas! Desafios para a Educação. Para o coordenador da Fazenda da Paz, Célio Barbosa, esse é o momento de mostrar para a comunidade que a Educação tem sido apontada como a alternativa mais eficaz no combate às drogas. "É necessária a presença da educação com o dependente químico. Somente com a formação e com a informação sobre o assunto poderemos contribuir para que menos pessoas se tornem dependentes químicos", frisa Célio.
A Fazenda da Paz, idealizadora do evento, atende hoje 180 dependentes a partir de 12 anos. Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc) e o Governo do Estado a entidade desenvolve programas como o Mais Saber, Eja, Pronatec e Brasil Alfabetizado. "É necessário a formação desse dependente químico para que ele após o tratamento possa voltar qualificado para a sociedade e o mercado de trabalho", continua Célio.
Para a superintendente institucional da Seduc Helena Oliveira, cada momento é muito importante para se debater assuntos como esse. "A participação da família é muito importante. Programas como esses possibilitam que o jovem possa mudar sua mentalidade", declara Helena.
Kempes Oliveira usou drogas durante 10 anos e hoje é conselheiro em dependência química da Fazenda da Paz. "Esse fórum vem debater várias situações do dependente químico. Isso abre mais a visão de quem está fora. Usei drogas durante 10 anos e há três anos estou na Fazenda da Paz. Recebi de graça o tratamento e hoje repasso aos internos tudo que aprendi", diz Kempes.
"Conheci as drogas com 17 anos no colégio, comecei com a maconha, fiquei curioso, fiz novas amizades e conheci o crack, fiquei no fundo do poço. Há cinco anos conheci a casa que me acolheu, hoje estou limpo e procuro não criar expectativas. Dentro da Fazenda procuro passar aos meus amigos o que descobri até agora", destaca Francelino Carvalho, 31 anos.
Para o diretor espiritual da
Fazenda da Paz, sem Deus a recuperação não acontece. A espiritualidade é
imprescindível na recuperação deles. "O governo precisa investir mais na
educação do que na recuperação. É mais importante trabalhar a prevenção,
informar os riscos, ocupar os jovens com a escola de tempo integral. Os jovens
devem estar presentes na escola também aos finais de semana. É preciso preencher
esses horários", enfatiza o Padre João Paulo.