Entre os estandes de tecnologia e inovação que ocupam o Congresso das Cidades 2025, em Teresina, um projeto criado por estudantes do CETI Júlia Nunes Alves tem despertado curiosidade e elogios. Trata-se de uma horta vertical sustentável, orgânica e automatizada, desenvolvida por jovens do curso técnico em Sistemas de Energia Renovável.
A iniciativa alia robótica, reaproveitamento de água e energia solar em um sistema simples e eficiente. Com sensores que medem a umidade e o pH da solução nutritiva, a horta é irrigada de forma automática sempre que necessário. A água utilizada vem de pias, bebedouros e aparelhos de ar-condicionado da escola, passa por tratamento e retorna para alimentar as plantas.
Coordenado pelo professor Antônio Araújo Rodrigues e apresentado por seis estudantes da rede pública estadual, o projeto mostra como a escola pode ser um espaço de ciência aplicada. “Aqui aprendemos ciência de um jeito diferente, vendo a prática e entendendo como podemos criar soluções para problemas reais”, comenta o estudante Samuel Medeiros.
“O mais interessante é ver a teoria se transformar em prática. Com o projeto, aprendemos sobre educação ambiental, energias renováveis e automação, aplicando sensores e a placa Arduino para tornar a irrigação mais inteligente e eficiente”, acrescenta o colega Isaque de Sousa.
A horta vertical é fruto do investimento que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vem realizando para aproximar os estudantes das profissões em ascensão no mundo do trabalho. Sob a gestão do secretário Washington Bandeira, o Ensino Médio em Tempo Integral no Piauí ganhou novas disciplinas, como Inteligência Artificial, Robótica, Educação Financeira e Empreendedorismo, além de cursos técnicos ligados a áreas estratégicas, como Programação de Jogos, Desenvolvimento de Sistemas e Energias Renováveis.
Esse esforço já rendeu ao Estado reconhecimento nacional, como o Prêmio MEC da Educação Brasileira na área de Educação Profissional e Tecnológica. Mais do que os prêmios, os resultados aparecem no protagonismo estudantil. “O que vemos são jovens criando soluções que poderiam estar em startups ou em grandes centros de pesquisa. Isso mostra a força da nossa rede e a importância de investir em educação conectada ao mundo do trabalho”, destaca Bandeira.
No espaço da Seduc no Congresso das Cidades, os visitantes também podem participar de uma oficina de Inteligência Artificial, reforçando o compromisso da rede estadual em preparar os estudantes para os desafios do século 21.