Em meio às rotinas puxadas, jornadas duplas e preocupações constantes, muitas mães piauienses encontram na escola de tempo integral uma aliada silenciosa, mas poderosa. Mais do que um espaço de ensino, ela se tornou rede de apoio, de cuidado e, muitas vezes, de respiro.
É o caso de Antônia Fernanda Alves, 38 anos, promotora de vendas e mãe solo de dois adolescentes: Cândido e Caio, estudantes da 1ª série do Ensino Médio no CETI Maria Modestina Bezerra, zona Sudeste de Teresina.
Antônia sai de casa por volta das 7h para trabalhar, mesmo
horário em que deixa os filhos na escola. À tarde, ajuda a mãe nos cuidados com
o avô e, à noite, retorna para casa. O pai dos meninos está ausente há mais de
um ano, e o apoio da família vem apenas nos fins de semana.
“Essa é minha vida. Trabalho, cuido da casa, dos meus filhos
e ajudo minha mãe. Mas só consigo manter essa rotina porque sei que eles estão
na escola, em um lugar seguro”, conta.
Além de passar o dia na Escola, o mais velho, Cândido, que é
autista, conta com o apoio de uma professora do Atendimento Educacional
Especializado (AEE), o que dá ainda mais tranquilidade à mãe. “A escola me dá
paz. Eles estão bem cuidados, aprendem, têm atenção. Qualquer coisa, a escola
me liga. E eu também posso ligar. É uma relação de confiança.”
Casos como o de Antônia mostram que o impacto da escola em
Tempo Integral vai muito além da sala de aula. O modelo adotado pelo Governo do
Piauí tem sido uma ferramenta real no enfrentamento das desigualdades sociais,
oferecendo mais segurança, proteção e dignidade para mães e filhos —
especialmente em comunidades vulneráveis.
Mas o apoio vai além do cuidado. Vem também em forma de oportunidade e autonomia financeira. Maria Alice é dona de casa, mãe de três filhos e moradora da zona Sul de Teresina. Seu filho, Pablo Emanuel, de 16 anos, estuda no CETI Padre Joaquim Nonato Gomes e integra o Programa Oportunidade Jovem, como monitor de Matemática.
Ele recebe uma bolsa mensal de R$ 350,00, paga via Pix, pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Também é beneficiário do Pé-de-Meia, programa federal que garante auxílio financeiro para estudantes do Ensino Médio conforme matrícula, frequência e participação no Enem.
Para a mãe, o valor representa mais que uma ajuda. É um
alívio. “Essa bolsa veio na hora certa. Ajuda nas despesas, no básico de casa.
Mesmo estudando, o Pablo já consegue contribuir. E isso, para quem está em casa
o tempo todo como eu, faz toda diferença.”
Políticas públicas que chegam à casa das pessoas
As histórias de Antônia, Maria Alice e tantas outras mães piauienses mostram que investir em Educação Pública de qualidade e com jornada estendida é também investir na vida das mulheres, no seu direito de trabalhar, de descansar, de contar com apoio. Quando o Estado investe em políticas como universalização das Escolas de Tempo Integral e estimula o aprendizado com bolsas estudantis, ele não está apenas pensando na escola, está ajudando as famílias.
"Para milhares de mães, a
escola deixou de ser só um lugar onde os filhos aprendem. Tornou-se uma
extensão da casa, um espaço onde se compartilha cuidado, esperança e a certeza
de que o futuro pode, sim, ser melhor. Neste Dia das Mães, celebramos a força
dessas mulheres e reafirmamos nosso compromisso de construir uma Educação que
transforma realidades”, afirmou o Secretário de Estado da Educação, Washington
Bandeira.