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Escola Antirracista: Estudantes do CETI Rama Boa, de Altos, vivenciam a Cultura Quilombola no Mimbó

  • Pedro Melo
  • 01/10/2024

Com o objetivo de promover uma educação mais inclusiva e antirracista, Estudantes e Professores do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Rama Boa, localizado no município de Altos, participaram de uma aula-passeio ao Quilombo do Mimbó, em Amarante. A atividade, realizada em parceria com o Projeto Afoxé Ylê Malungo, levou cerca de 50 estudantes para conhecerem a rica história e a resistência cultural de uma das comunidades quilombolas mais tradicionais do Piauí.

Fundado em 1819 por escravizados que buscavam refúgio entre o rio Canindé e o riacho Mimbó, o quilombo abriga até hoje descendentes daqueles que resistiram à escravidão. Durante a visita, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a Matriarca e professora Idelzuita Paixão, que compartilhou relatos emocionantes sobre a história de luta e as dificuldades enfrentadas pela comunidade.

Os alunos também participaram de apresentações culturais que mostraram a riqueza das tradições quilombolas, com danças, música e histórias que reforçam a importância da preservação dessa herança afro-brasileira.

“A minha experiência foi muito legal porque descobri que existem novas formas de viver. A cultura deles é muito bonita, as cores, as danças. Me chamou muita atenção”, disse a Estudante Seduc Yala Oliveira.


O professor Carlos Augusto, que participou da excursão, ressaltou a relevância dessa experiência prática para a formação dos estudantes. “A gente viu lá os traços, a manutenção exatamente das características antigas que aquela comunidade preserva.  Em sala de aula, discutimos temas como o racismo estrutural, mas essa vivência prática foi fundamental para aproximá-los da realidade e fortalecer sua consciência crítica”, destacou.

A diretora do CETI Rama Boa, Clemilda Almeida, explica que o grupo de alunos que foram ao passeio estão inscritos na Olimpíada Brasileira das Relações Étnico-Raciais. “Na Olimpíada, cada grupo tem que adotar um nome. Como a olimpíada é voltada para o estudo das relações étnico-raciais, decidimos nomear nosso grupo como ‘Mimbó’, em homenagem à comunidade quilombola visitada em Amarante”, contou.


A visita ao Quilombo do Mimbó proporcionou uma imersão profunda na história de resistência e resiliência da comunidade quilombola, reforçando o compromisso da escola e da Secretaria de Educação com a promoção da diversidade cultural e da igualdade racial.

O secretário Washington Bandeira reforçou a importância de iniciativas como essa para a formação de jovens mais preparados para enfrentar os desafios da sociedade. “É fundamental que a educação promova espaços de reflexão e diálogo sobre o racismo e a valorização das culturas afro-brasileiras. A visita ao Quilombo do Mimbó é uma oportunidade de aprendizado único, que complementa o conteúdo trabalhado em sala de aula e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A escola tem um papel central na formação de jovens cidadãos conscientes e atuantes”, declarou.



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