Piauienses são alfabetizados por meio do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos

Proporcionando a oportunidade de que pessoas que por algum motivo foram impedidas ou não puderam focar no tempo certo em aprender a ler ou a escrever possam ser alfabetizadas, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por meio do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) conseguiu alfabetizar cerca de 524 jovens e adultos pelos municípios do Piauí entre os anos de 2021 e 2022.


O programa foi executado por instituições de ensino contratadas pela Seduc, dentre elas a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que era responsável por fazer testes e diagnósticos para alfabetizar piauienses e acelerar a redução do índice de analfabetismo no Piauí. Foram feitos testes iniciais, testes de monitoramento e testes finais para averiguar se os alunos estavam avançando na Educação e se estavam alfabetizados ao final do processo.


Exemplo de persistência em meio as situações vividas, Florência do Nascimento era de família muito humilde, e por ter crescido no interior, em zona rural com poucas condições de locomoção, ela não conseguiu ser alfabetizada durante sua infância. Agora com seus 65 anos, Florência recebeu sua certificação e conseguiu alcançar sua alfabetização com o Proaja. Ela revela o seu desejo de continuar estudando em busca de mais conhecimento que foi privado dela antes.


“O estudo que me alfabetizou foi muito importante por causa da minha letra. Eu não sabia escrever meu nome direito e, ao sair do meu estudo de alfabetização, eu já conseguia escrever o meu nome bem feito. Pretendo continuar os meus estudos para aprender mais. Irei me matricular para continuar buscando conhecimento. Antes eu não estudava porque meus pais eram pobres e eu não tinha como estudar por ter crescido no interior. Na época não tinha as oportunidades que se tem atualmente”, relata Florência.


Para Antônia dos Santos, de 48 anos, o programa de alfabetização foi essencial para que ela tivesse a chance de poder aprender a ler e a escrever. Mãe de um garoto, Antônia pretende seguir com os seus estudos se matriculando na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Apesar de todo o tempo perdido, decidi resgatar meu interesse pelos estudos e conseguir ser alfabetizada, antes meu foco era o trabalho. Agora quero conciliar com os estudos e me matricular no EJA”, conta Antônia.


Agora alfabetizados, os estudantes estão indo até as escolas para serem certificados. O papel da Seduc agora é de mobilização para que eles continuem os estudos se matriculando nas redes de ensino da secretaria por meio da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).


De acordo com o superintendente da Superintendênciade de Educação Técnica e Profissional e Educação de Jovens e Adultos (SUETPEJA) da Seduc, Paulo Henrique Pinheiro, a equipe da Suetpeja está realizando uma busca ativa pelos municípios do estado para que esses estudantes possam continuar com os estudos. “A nossa equipe está viajando pelos municípios para fazer uma busca ativa por esses alunos, para conversar com diretores de escolas que ofertam a modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em seguida a Seduc realiza o processo de busca desses alunos, para que eles deem continuidade nos estudos com o EJA”, explica.