Estão abertas até 5 de maio as
inscrições para a edição 2023 do Programa Jovem Senador. Destinado a estudantes
de escolas públicas estaduais de ensino médio de todo o país, o programa seleciona
27 alunos, um de cada unidade da Federação, para passarem uma semana em
Brasília, conhecendo e vivenciando no Senado o trabalho dos parlamentares.
De acordo com a coordenadora estadual
do Programa Jovem Senador, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Márcia
Reijane Ramos, o programa se estrutura em três etapas. “A etapa local acontece
nas escolas, onde será escolhida uma redação que será encaminhada para a Seduc.
Na segunda fase, uma Comissão Avaliadora formada na Secretaria seleciona três redações,
que são enviadas para o Senado Federal. No Senado Federal acontece a terceira e
última etapa, onde somente uma redação de cada estado é selecionada”, explica.
Este ano, as etapas de seleção
estadual e do Senado acontecem nos dias 31 de maio e 12 de junho, respectivamente.
“O Programa Jovem Senador representa uma troca intensa entre a política feita
no Senado Federal e a juventude brasileira, porque os jovens chegam aqui no
Senado cheios de curiosidade, de expectativas, de perguntas. Trazem a visão de
mundo que eles têm lá das cidades deles. Então, a gente entende a realidade da
ponta, que é para quem a política trabalha”, afirma a diretora da Secretaria de
Comunicação (Secom) do Senado, Érica Ceolin.
Seleção
A seleção dos estudantes é feita
por meio de um concurso de redação. O tema de 2023 é “Saúde mental nas escolas
públicas”. Para participar, o candidato deve estar matriculado e frequentar
escolas públicas da rede estadual de ensino; ter, no máximo, 19 anos
completados até 31 de dezembro de 2023; e ter disponibilidade para participar
da Semana de Vivência Legislativa, no período de 21 a 25 de agosto, em
Brasília.
A prova de redação é aplicada em
sala de aula. O material para a participação no concurso é composto de ficha de
Inscrição e folha de redação disponíveis no site senado.leg.br/jovemsenador.
Na visita ao Senado, os
estudantes podem simular o processo legislativo e até apresentar sugestões de
projetos. “O programa transforma. Quando escutamos os depoimentos ao final da
semana legislativa, todos eles falam da transformação da realidade, da
transformação da autoestima, da transformação da consciência política que eles
adquirem, da capacidade do exercício de cidadania. Eles voltam sabendo que
podem interferir e podem ajudar outras pessoas a interferir na realidade do
país, começando pela comunidade local, pela escola, e ousando mais”, avalia
Érica.
O resultado disso é que alguns jovens senadores já se tornaram políticos ou usam a profissão deles para poder fazer diferença na sociedade, segundo a diretora. E não só como um instrumento próprio. Muitos entraram na carreira do direito e estão indo para as áreas de direitos humanos, defesa do consumidor, porque se sentem motivados a essa participação social. É um impacto transformador e multiplicador. Quando o Senado atua na educação política desses jovens, ele proporciona uma sociedade mais consciente, que participa melhor, que sabe reivindicar os seus direitos e exercer também os seus deveres.
Em 2022, o Piauí foi representado no programa Jovem Senador pela estudante Ana Letícia Eustórgio, da U. E Alberto Leal Nunes, localizada em Regeneração. Ela fez parte do seleto grupo de jovens, de todo o Brasil, que foram selecionados para representarem seus estados. A jovem viajou para Brasília acompanhada da professora Leila Pereira de Araújo.
Questionada sobre a participação
juvenil em atividades políticas ela disse que acha essencial. “Acho essencial a
participação no Jovem Senador, pois, motivaria outros jovens a interagir e se
interessar pela política, seja participando de Grêmios, ou atuando em sua
cidade nos diálogos que buscam melhorar a vida dos seus moradores se interessando
de fato pelas questões que decidem os fins dos recursos públicos”, explicou.
Com informações da Agência
Senado