Com o intuito de alertar e conscientizar os adolescentes sobre os cuidados com a saúde mental, em meio a dados alarmantes de suicídio de jovens atualmente, a rede estadual de ensino tem realizado, durante o último mês, uma série de atividades que venham envolver os estudantes na campanha contra o suicídio através do “Setembro Amarelo”.
A exemplo das escolas
jurisdicionadas à 8ª Gerência Regional de Educação (GRE), que têm desenvolvido
palestras ministradas por profissionais da área da psicologia e pedagogia,
momentos de rodas de conversas e dinâmicas com os estudantes acerca do valor da
vida, se destaca o esforço das instituições de ensino para com a vida dos seus
alunos.
A psicopedagoga da 8ª GRE,
Cassí Neiva, que tem realizado nos últimos dias palestras pelas escolas de sua
jurisdição, destacou a importância das escolas trabalharem a questão da saúde
mental dos estudantes como meio de valorização da vida.
“É importante trabalhar a
saúde mental dos nossos estudantes porque a vida hodierna e pós-pandêmica
requer dos mesmos muita resiliência, disciplina, inteligência emocional
harmonizada e respeito pelo outro, pelas escolhas e pela vida. Afinal, toda
vida é valiosa, assim carece ser cuidada, preservada, realimentada de flores
com aromas de amor. Temos que enfatizar o quanto a autoestima elevada é fator
relevante para minimizar os efeitos das pedras do viver”, explica ela.
De acordo com dados levantados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre
por suicídio em algum lugar do nosso planeta. Chegando a alcançar a marca de
mais de 800 mil pessoas por ano, que perdem sua vida dessa maneira.
A psicóloga Vitória Sousa, que
ministrou uma roda de conversa e dinâmicas com alunos do Centro de Ensino de
Tempo Integral (Ceti) João Henrique de Almeida Sousa, localizado no bairro
Morada Nova, afirma que a principal maneira de combater o suicídio e problemas
com a saúde mental é por meio do diálogo e discussão com o indivíduo para
abordar os problemas enfrentados e assim realizar o diagnóstico e tratamento
adequado. Ela faz um alerta para os principais problemas que os adolescentes
vêm enfrentando atualmente.
"Os problemas mais
frequentes vividos pelos adolescentes são: ansiedade, depressão, compulsões
alimentares, alterações psicóticas, déficit de atenção, hiperatividade, falta
de expectativas para o futuro, ideação suicida e problemas familiares",
relata a psicóloga.