Produtores rurais e visitantes da Expoapi acompanham, até 14 de dezembro, a vitrine da revolução educacional e tecnológica em curso nas Escolas da rede estadual do Piauí. No estande da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), no Parque de Exposições Dirceu Arcoverde, em Teresina, nove projetos voltados ao setor agropecuário, que unem tecnologia, sustentabilidade e inovação, desenvolvidos por Estudantes da Seduc, estão em exibição.
A presença da Seduc na feira reforça a estratégia da gestão do Governador Rafael Fonteles de formar jovens para os desafios do campo e das cadeias produtivas. Em Tempo Integral, as Escolas ofertam cursos técnicos em áreas do Agro e Tecnologia, e o resultado aparece no estande com projetos prontos para uso. “A gente trouxe uma horta automatizada que cabe na Escola e na pequena propriedade. Ela usa energia solar, sensores de pH e umidade e um Arduino que liga e desliga a irrigação sozinho. O modelo combina hidroponia com cultivo no solo e reaproveita água. Já está funcionando no nosso Ceti e isso anima a turma a melhorar o projeto para o produtor usar no dia a dia”, afirma o Estudante Isaac de Sousa, do Ceti Júlia Nunes.
Além da horta automatizada e da Horta Vertical, ambas do Ceti Professora Júlia Nunes Alves, o estande reúne soluções pensadas para problemas do dia a dia no campo. O Rega Conectada, do Ceti Pedro Machado de Cerqueira, em São José do Divino, automatiza a irrigação e permite leitura remota dos canteiros. No Ceti Professora Júlia Nunes Alves, o Seguidor Solar direciona painéis para acionar bombas com mais eficiência, e a Microturbina Eólica Rural gera energia para pequenas propriedades. O Piauí Doce Mel organiza etapas da cadeia apícola e qualifica o manejo. O DetectaEdu, do Ceti Irapuá, em Sebastião Leal, usa sensores e automação para apoiar decisões no plantio e no trato do solo. No Ceti EFA Baixão do Carlos, em Teresina, a pesquisa em Fontes Alternativas de Alimentação Animal busca reduzir o custo da ração. O Raízes Conectadas, do Ceti Lucas Meireles, em Teresina, integra Escola, produtores e comunidade para acelerar a adoção das tecnologias.
“Em todos os projetos, os Estudantes identificam uma dificuldade do produtor, constroem protótipos com materiais acessíveis, testam em ambiente controlado e registram passo a passo para replicação em outras Escolas e propriedades. O objetivo é entregar resultados concretos, como economia de água e energia, aumento de produtividade e redução de perdas na lavoura”, explica o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira.
Até 14 de dezembro, o estande segue aberto a quem quiser conhecer as iniciativas e construir novas colaborações. “É a Escola pública ocupando a feira com propósito e mostrando que formação técnica, bem orientada, gera impacto imediato na vida de quem produz”, afirma o Secretário.